Aviso prévio: após a visualização deste post, poderá surgir um dos seguintes sintomas: pensar que eu não sou muito "boa da cabeça" e que não tenho gosto nas minhas pernas ou então entusiasmam-se a fazer o mesmo e vão a correr para a capital fazer um percurso semelhante.
Eis uma porta gira do Museu Militar |
Nunca me recordo de uma viagem a Lisboa tão intensa como esta. Percorri variadíssimos pontos da baixa lisboeta utilizando apenas o "transporte do Armando: a pé e andando"!
Depois de uma noite bem dormida num hostel super querido junto à Estação de Santa Apolónia, acordei bem cedo e comecei um percurso que de planeamento não tinha nada! Só sabia que a zona de Belém estava fora de questão uma vez que é a zona que mais visito quando vou a Lisboa, pelo que a escolha residiu pela Baixa Lisboeta.
Comecei pelo Panteão Nacional, monumento que nunca tinha visitado (shame on me), onde jazem as maiores figuras nacionais das mais variadas áreas. O edifício era imponente e de uns detalhes arquitetónicos peculiares.
Segue-se a passagem pelo tão típico bairro alfacinha, Alfama: ruas estreitas, muitos turistas e algumas casas bastante interessantes em termos estéticos. O que mais gostei foi do nome de uma rua, a Rua do Vigário... é de se fugir, não vá cairmos na vigarice! O bairro tem um tanto de tradicional, como de misterioso, em que eu diria que é um casamento perfeito, a verdadeira essência da cidade.
Houve ainda tempo para descobrir que ali perto estava o Museu do Fado e o Museu Militar, dois edifícios que também apresentam traços arquitetónicos muito interessantes.
A dita cuja... |
Daqui, a viagem segue para o Terreiro do Paço. Como não amar esta praça? Tem, seguramente, das melhores vistas, com o Tejo a dar o ar da sua graça. Contudo, nem tudo foi bom: notei que havia por ali uma quantidade um pouco significante de carteiristas. Estava eu parada no meio da praça e não é que vejo um senhor, supostamente a vender óculos de sol, a tentar tirar algo da mochila de um turista que estava a fotografar a estátua? Sorte a do turista de que naquele momento estava muita gente a topar o caso e o vendedor desistiu da ideia. Acho que seria necessário um reforço da segurança naquela zona dados os larápios que por ali andam.
E é claro que junto ao Terreiro do Paço, está o imponente Arco da Rua Augusta, que reza a lenda que nunca foi terminado na íntegra. Dei por mim parada, de cabeça no ar, a tentar estudar ao máximo os seus detalhes tão bem feitos.
Vi uma das lojas mais giras até agora: a conserveira Comur, com uma loja digna de se contemplar e de se fazerem umas boas fotos.
O Castelo de São Jorge foi a grande loucura: estava um dia de calor abrasador e tive a brilhante ideia de ir a pé até ao cimo, para ver o castelo. Bad idea! Para além de ter chegado quase a abafar, por muita água que tivesse bebido, a fila para a bilheteira era tanta, mas tanta, que desisti da ideia. É a segunda vez que vou ao castelo e fico à porta... oxalá que da terceira, seja mesmo de vez!
Ao descer, houve tempo para uma paragem no miradouro de Santa Luzia, que possui uma vista incrível e o lugar em si é bem agradável para se estar.
A vista sobre o porto e o rio Tejo |
Outra pequena grande ideia foi a ida ao Chiado. Eu bem vos tinha avisado que neste post iriam dizer que não tinha gosto nas minhas ricas pernas. Houve tempo para visitar a Livraria Bertrand, a mais antiga em funcionamento e muitas lojas de roupa (Armazéns do Chiado, babies!).
A "traseira" do Elevador de Santa Justa, ao qual nunca subi (muito menos naquele dia que estava uma fila dos diabos) |
Antes de partir de carro para outro ponto de Lisboa, dei um salto ao Mercado da Ribeira para encher-me de pastéis de nata, essa iguaria do Demo que me leva a comer como se não houvesse amanhã.
Rumamos ao Parque Eduardo VII, bem junto à Rotunda do Marquês. Guess what? Corri o parque de fio a pavio e ali tive a ideia do ano... que ficará para outro post, mas deixo aqui uma pista: fui para Sintra e andei imenso!
A foto possível quando estava a morrer de calor e a pensar apenas em beber água :) |
Portanto, por hoje, ficamos por aqui, onde a última paragem desta minha ida a Lisboa ficará retratada noutro post até porque é merecedora de tal coisa.
Quais os vossos lugares favoritos de Lisboa? Adivinham aonde fui em Sintra?
Contem-me tudo!