Diário de uma universitária # Descobrir mais o meu "eu"

Ter que vir estudar para Braga implicou ter que me mudar de casa. De segunda à sexta feira encontro-me por terras da cidade dos arcebispos e ao fim de semana lá volto eu à terra que me viu nascer.
Com tal mudança, comecei a dar-me conta que certos factos sobre mim que até à data não me tinha dado conta, senão vejamos:

1. Não sou a pessoa mais paciente a conduzir
Por vezes, lá tenho que enfrentar o trânsito citadino. Já vi que a minha paciência para estar parada nem que seja uns meros minutos não é, de todo, o meu forte.
Dou por mim às vezes a olhar em redor e ver qual a melhor alternativa para não estar parada ou até mesmo a resmungar sozinha!

2. Fazes 50 km de autoestrada de olhos fechados
À segunda e à sexta feira, faço 50 km para regressar a casa. Posso dizer que, literalmente, todo o percurso em feito em autoestrada. O que para muitos parece ser algo "chato" e algo "arriscado" para quem tem pouco mais de 4 meses de carta de condução, na verdade, para mim 50 km são super super rápidos de se fazer, até porque, para quem já enfrentou mais de 2000km (como passageira), 50km é mesmo para meninos ahahahah

3. Afinal não sou assim tão desorganizada como pensava
Em casa, sempre fui bastante desarrumada na minha secretária. Tinha tudo por lá espalhado e às vezes era um bico de obra achar alguma coisa. Talvez tal se devesse ao facto de "ter a mãe por perto que faz tudo", até porque, em Braga, tenho sempre tudo devidamente arrumado e organizado e não suporto ver nada fora do sítio... talvez esteja a desenvolver essa "mania da organização".

4. Encarar as tarefas domésticas como um momento "out"
É certo que tenho que estudar (e muito), mas também é certo que tenho que manter o espaço onde vivo limpo e arrumado. Às vezes tenho feito tarefas domésticos nos intervalos de estudo. Além de rentabilizar o tempo, é uma forma de distanciar a cabeça da matéria de forma a descansar a máquina ahahah E, afinal, elas não custam assim tanto porque faço tudo na hora e não deixo acumular nada.


5. Apreciar a própria companhia
Há dias em que estou sozinha em casa, ainda que viva com mais duas raparigas, e sem nada para fazer. Como vivo a poucos minutos de shoppings e tudo o que sejam locais para lazer, lá me meto no carro e vou até um lugar desses. Não tenho companhia, por vezes, mas já me dei conta que não me sinto tão "alone" como pensava que iria me sentir antes de vivenciar tudo isto.

6. Gosto tanto de comer que esforço-me para cozinhar bem
Sei cozinhar, mas, enquanto estava em casa com a mãe (a mãe vem sempre à cena ahahhah), era um tanto preguiçosa para cozinhar. Agora, já não me posso dar a esse luxo de ser preguiçosa e querer algo rápido até porque tinha de me submeter sempre aos mesmos pratos.
Tiro sempre um bom tempinho para cozinhar bem, até porque eu sou uma dessas pessoas ditas de "bom garfo". Não, não como somente massa ou arroz com atum, minha gente!

7. Safo-me bem no "desenrascanço"
Não sabem o filme que antes fazia por vezes para perguntar algo a alguém. Agora, pergunto com a maior das tranquilidades. Afinal, não somos obrigados a saber tudo e também é normal, por vezes "sentirmo-nos perdidos".
No início, foram imensas as vezes em que perguntei coisas do tipo "onde é a sala X?", "sabes me dizer onde é a reprografia?" e outras tantas.

8.  Sei viver com menos coisas
É certo que cá em Braga (já devem ter topado que estou por Braga neste momento ahahah) não tenho todas as coisas e frufrus que tenhe em casa. O quarto, por exemplo, não tem tanta bugiganga, as roupas não vêm todas comigo (todo o santo fim de semana tenho de selecionar o que levo para a semana inteira até porque o espaço da mala não estica); não tenho os teus cães comigo, nem dois computadores e mil metros quadrados de espaço. Mas, na verdade, por cá não sinto que precise de muito mais para me sentir bem.

9. É bom ir sair com os comparsas de sempre e contar o que estás a viver
As saídas ao fim de semana têm sido mais frequentes até porque, agora, os amigos estão "longe", ora porque foram para outras cidades estudarem ora porque eu estou longe deles. Já se contam muitos os jantares e os cafés. Partilhamos as nossas experiências e vemos que, afinal, há tanta coisa em comum independentemente de se estar a estudar em locais distintos.


10. Afinal, gosto MESMO de cidades
Sempre fui fascinada pelo ambiente super movimentado das cidades, pelo facto de se ter tudo à mão, entre outras coisas. Agora que vivo no centro da cidade de Braga, vejo que realmente gosto disto. O único senão é mesmo o trânsito e o estacionamento, adivinhem só! ahahahah De resto, desde que haja movimento nas ruas é o que se quer (mas não digo que, com tempo, não venha a mudar de ideias!).

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2 comentarios

  1. Adorei tudo o que escreveste, até me ri em alguns pontos porque achei-te mesmo parecida comigo ahahahha!
    Beijinhos,
    An Aesthetic Alien | Instagram | Facebook
    Há giveaway Oriflame a decorrer no blog :)

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  2. E eu que tenho tantas saudades de viver na cidade! Adoro a tranquilidade do campo mas não há como a vida na cidade ehehe.
    E adorei ler todos esses pontos! Tão crescida a nossa menina:):) ehehe
    Beijinhos
    elisaumarapariganormal.blogspot.pt

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