Existem pessoas que simplesmente te dizem na cara que "és uma anti-social, não te queres dar bem com ninguém". Peço desculpa, mas... não é como eles julgam...
Não sou anti-social, muito pelo contrário. Adoro conhecer pessoas novas, mas pura e simplesmente seleciono alguns (muito poucos, até agora) para serem meus amigos. É certo que todos temos defeitos e eu também os tenho, mas uma coisa é isso, outra é o cinismo nato.
Não faz parte da minha pessoa passar horas a conviver com pessoas às quais eu sei perfeitamente que falam de mim pelas costas, cheias de dor de cotovelo (e não é para me gabar, mas sim retratar um facto verídico).
Há quem não aguente o facto de ser boa aluna, de gostar de saber sempre mais, de ter o que tenho... e quanto a esta última, já houve quem me dissesse na cara "se não fosses filha de patrões não tinhas isso de certeza". Isto fora dito quando comprei uma mala. Uma simples mala que se encontra por aí à venda e se compra. Não é uma Channel, nem Yves Saint Laurent, não é mala de centenas de euros, é algo que com 20/25 euros já a compras.
Não tenho estofo para estar a falar com pessoas assim. Bem que tento, mas algo dentro de mim ferve, explode e me faz uma pessoa muito fria. Fria, mal encarada, de muito mau humor, que lhe deita tudo à cara sem olhar a meios. Por isso mesmo, eu evito-as ao máximo. Longe e quanto mais longe melhor, roendo-se por aí.
Amigo que é amigo está contigo nos bons e maus momentos. São nestes últimos que eles se revelam, pois quando estás bem, estás sempre rodeada de pessoas, todos te "apoiam". Quantas vezes eu estive bem mal e ninguém me deitou a mão? Muitas...demasiadas, que me serviram para crescer e me tornar na pessoa que sou.
Muitos estão simplesmente a marimbar-se para o que sentes (e desculpem lá o termo usado). Mas, inversamente, só não te deitam mais abaixo porque não podem quando eles estão mal e não lhe deitas a mão. Este é um mundo de trocas e cada um tem o resultado daquilo que faz.
Por isto e por mais, estou "nem aí", para que me chamem de anti-social e afins. Eu sigo sendo quem sou, fiel aos meus princípios e não me importo do número de amigos que tenho. São muito poucos, mas também não estou minimamente interessada em "socializar" até mais não para "me dar bem com toda a gente".
E agora chamem-me anti-social, atrasadinha mental, o que quiserem...