De repente, o modo aleatório do Spotify leva-te a ouvir certas canções que te só te fazem com que a memória se encha de imagens DAQUELA pessoa. Assim sem notar, entras no teu mundo por breves minutos.
Pensas uma e outra vez em tudo aquilo que já passou. Na verdade, são muito poucas (contam-se pelos dedos de uma mão) as vezes em que foram realmente cenas bonitas que deixam qualquer uma a sorrir de forma mesmo muito tonta (tonta, criancinha, whatever).
Nem te importas muito com isso, até porque qualquer momento marca-te. Por um lado sorris, porque tens oportunidade de conviver minimamente com aquele por quem tens um fraquinho; por outro, revoltas-te e dizes a ti mesma que tens de deixar destas lamechiches e desfrutar daquilo que realmente importa.
"Olha que isto não vai dar em nada!", diz o cérebro. Do outro lado, grita o coração "Olha só o quanto sorris ao recordá-lo!"... "Deixa-o"... "Não o largues!" e uma pessoa que se aguente com este confronto. Que mais se poder dizer?
Na verdade, tu não passas de uma mera colega, de uma mera conhecida. Na verdade, o tempo tanto pode aproximá-lo como pode eliminá-lo para sempre.
É um keep calm algo conturbado, com dois elementos em oposição. Mais uma vez digo: navegar na maré a ver onde o mar me leva é a medida a adotar. Sem pressas, sem expectativas. O que vier de bom, agarra-se e desfruta-se; o que vier de mau, cai-se e aprende-se.
É a lei da vida, mas tu própria deves reger-te por uma lei em cada caso: a lei do cérebro/racional, ou se lei do coração/sentimental.