A noite desabou

A noite cai e o frio instala-se. Aquele calor que ela tanto sentia, escapou-se. Sorria, sorria tanto,quem sabe mais que os raios de sol que alegravam o dia e enchiam de energia todo e qualquer ser humano. 
No entanto, cai a noite. Cai a noite. Cai o sorriso. Aparece a escuridão do céu e o vazio. Sim, aquele vazio: vazio interno, duro e cru. Ela abriu o caderno e tentou escrever. De nada resultou. Ligou a música e desligou o mundo. Por ali permaneceu, entrando no seu mundo, naquele que mais ninguém ninguém. Esse mundo não existe. Existe, apenas na cabeça dela, mas é onde ela se refugia. 
O sorriso caiu como a noite. O vazio revela-se em pranto. A almofada testemunha todo e qualquer sentimento daquele ser humano que acorda todos os dias sonhando com um futuro cada vez melhor.
Há dias em que deveríamos sonhar e não fazer nada mais, não é verdade? Estar ali, no sonho e mandar para bem longe, para esses palavrões todos o mundo real. A realidade por vezes é extremamente difícil de se lidar, árdua de se engolir. 
São sapos e posteriormente rãs. Sapos e sapos maiores. Os fracos deixam-se levar, os fortes pegam em tudo, dão-lhe um pontapé bem forte e são superiores.
Contudo, até os fortes são fracos e não há como negar...

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