Na Brooklyn Law School, em Nova Iorque, todos os estudantes que não encontrarem emprego após terem completado o curso de Direito, vêm uma parte das suas propinas serem devolvidas. Segundo o reitor desta instituição, "Os nossos estudantes investem muito tempo, esforço e dinheiro para ganharem os seus diplomas em Direito".

Tenho que deixar aqui um pequeno comentário após ter lido isto. Se em Portugal todas as universidades e institutos politécnicos implementassem tal medida, bem que muitas destas instituições de ensino superior iriam à falência em pouco tempo.
É do conhecimento de todos (e só não vê quem não quer) que um grande número de pessoas com licenciaturas, mestrados e até doutoramentos (para não falar em bacharelato, grau máximo) têm sérias dificuldades de vir a exercer a alguma profissão na área em que estudaram arduamente aqui em Portugal. Ou acabam por ir parar a caixas de supermercado (quando o conseguem) , emigram (maioria) ou continuam a viver dependentes dos seus pais.
Se isto poderia ser uma boa medida a adotar no nosso país? Sinceramente, eu não sei... até porque temos população ativa de grandes capacidades e competências que não são valorizadas, como também temos pessoas licenciadas à "pressão", se é que me entendem.
O que eu sei e tenho a plena certeza é que o ensino superior tem de levar uma pequena reforma: temos um excessivo número de cursos que são muito limitados, é dizer, habilitam os seus alunos a exercer apenas e só aquela profissão, sendo que esse emprego pode ser também exercido por alguém que frequentou um curso mais "geral", "tradicional".
É isto e o peso dos exames nacionais para a candidatura. Em algumas universidade é de 30%, outras 40%, chegando mesmo aos 50%, como se o exame nos definisse quantos aos conhecimentos que temos. Dizem (e com uma certa razão) que os exames ainda não correspondem a 100% àquilo que os estudantes estudam e exercitam durante o ano letivo.
Caros senhores do Ministério da Educação e Ciência, façam lá o favor de proceder ao cumprimento de um novo "pacote de reformas" (estes senhores e os pacotes partem tudo), de modo a que a educação deixe de ser uma espécie de palhaçada, como tem sido nestes últimos anos...